terça-feira, 29 de março de 2011

Casey Abrams no American Idol

Tenho assistido o American Idol, já na décima temporada, e tenho visto coisa boa.

Banjoia recomenda:

1) Casey Abrams com apenas 19 anos e sobretudo um gosto musical fantástico, sabe de onde veio e pra onde vai.


(também nesses dois vídeos)
http://www.youtube.com/watch?v=eBSyvWoek_o
http://www.youtube.com/watch?v=nGmdQfLyfdE

2) Haley Reinhart com um q de Janis Joplin.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Mundo Surreal (Sucker Punch) 2011 - Crítica

Voltei do cinema agora pouco. Sucker Punch é uma viagem. Não é Sessão da Tarde nem Tela Quente. Talvez Domingo Maior, um daqueles que passa quase de madrugada.

Nunca sei bulhufas a respeito dos diretores, mas fiz o dever de casa. Zack Synder também dirigiu 300 e Watchmen - just fyi (for your information, a título de curiosidade), filmes que recomendo, diferentemente de SP.

SP é muito bem produzido em relação aos cenários, personagens, figurino... é lindo. Mas não é filme pra qualquer um. Lobotomia, crueldade, sadismo, estupro, prostituição nos primeiros vinte minutos. Passando disso vai embora.

A história é elaborada, tem vários níveis, não é linear. Um daqueles filmes que se tirar o olho da tela por 5 minutos já não dá pra entender mais.

Não recomendo não porque não gostei - gostei - mas porque não conheço muita gente que gosta desse tipo de filme. SP não é um filme tão fácil de digerir quanto os outros filmes de Zack Synder. Se metade do público passa mal assistindo House M.D. por causa do ketchup na hora da cirurgia, quanto mais esses filmes pesados e complexos. É que nem sushi: ninguém gosta. Mas quem gosta adora. Se você se amarra num peixe cru, vai fundo.

Vale notar a onda de meninas assassinas nos filmes recentemente. Só na ponta da língua dá pra citar Salt (Angelina Jolie), SP e Hanna (estreia em Abril). Nova moda?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Hellow Wheels em Austin TX

Saí esse fim de semana. Descemos do carro correndo com o sol na cabeça para pegar o metro que já estava buzinando. Mas não deu. "It's full", disseram. Se fosse no Brasil cabia, sempre cabe mais um, mais uns.

Era rumo ao South by Southwest ou SXSW, um dos festivais de música que acontecem em Austin. Diferente do  normal, o festival acontece no centro da cidade. Não existe cerca, portão ou catraca. Não dá para dizer "acabei de entrar no SXSW". O evento possui organização oficial, pulseira de identificação (que é o ingresso, 150$), agenda e inúmeras atividades. O legal é que mesmo pra quem não tem dinheiro, tem muita coisa pra fazer.

Descemos do metro algumas quadras longe do centro e seguimos o barulho e a bagunça. Conseguíamos escutar um som de música velha como o vindo de um rádio. Fomos andando. Achamos um palco no meio do nada com uma fila dando volta na quadra. Todo mundo vestido de preto com cara de mal. Mas o som não vinha de lá.

Chegamos num montinho de gente, no jardim de um casa com portão de aro de bicicleta, envolta de um guarda-sol daqueles quadrados, como a barraquinha do banana boat, com quatro pés. A banda estava tocando em cima de alguns pelegos. As caixas de som eram pré-históricas e delas vinha aquele som de rádio velho.

Hello Wheels, ou em português, Olá Rodas - deve ter alguma coisa a ver com o portão da casa deles - é a banda em questão. Banjo, teclado, violão, baixo acústico e pelo menos três vozes cantando um folk nervoso.
Não são três pessoas cantando uma voz, são três vozes. Um baixo bem grave e dois tenores. Cada um com suas músicas e seus jeitos - assim como os Beatles tem músicas do John, Jorge e Paul. Mas todos juntos tocando as músicas uns dos outros, uns com os outros. Não vou falar nada mais além de que vale a pena ouvir o som deles.

Não pagamos ingresso nem tínhamos as pulseiras do SXSW. Só fomos atrás do barulho.