The Girl with The Dragon Tatoo (2011)

Trailer bem loco. Quero ver!

Deixe-me Entrar (2010)

Rapidinha: Let me In é filmão. Entretanto, quem acha que Transformers e Titanic são filmes alucinantes vai ter dificuldade em entender o ritmo. O formato da história e a apresentação dos paradigmas, problemas e intrigas é bem fora do que estamos acostumados: é um filme constante, o que é muito estranho.

Não é terror. É suspense, e é light. Quem assistiu comigo, não achou grandes coisas. Mas eu (e também o Valdemar, da Cartoon do Cabral, que me falou do filme, e cujas opiniões muito admirei) recomendo.

Pearl Jam 20 anos - Curitiba

Na quarta-feira (09/11) fui à Vila Capanema ver o show de 20 anos da banda americana. Assisti o primeiro show em 2005 que aconteceu na Pedreira, e outro em Austin (ACL/2009). No meu terceiro show deles, mais uma vez fiquei espantado com a qualidade do show. Os R$ 180,00 gastos valeram cada centavo.

Foram quase 3 horas de show, com direito a 32 músicas - eles tocaram quase todos os grandes sucessos (Alive, Black, Even Flow, Once, Jeremy), faltou só Evolution (e Last Kiss) e não foi por falta de pedidos. Parece que havia 23 mil pessoas no show.

Eddie Vedder, super gente fina, falou em português e até hasteou a bandeira brasileira. Desceu pra cumprimentar o público, parece que até torceu o pé e voltou mancando. Encerraram com cover de Baba O´Riley do The Who.

Preferida da noite:

Palavrantiga

Há três semanas tenho escutado incessantemente Palavrantiga.

Consigo ouvir referências de Los Hermanos em termos de vocal e harmonia, e um pouco de U2 nas guitarras. Mas esses dois ingredientes são muito pouco para definir o que constitui o bolo em questão.

A massa do bolo é legal: harmonia redondinha, nada de maluquices incompreensíveis e longe de ser ortodoxo demais. Todo o instrumental é sólido: bateria e baixo consistentes, guitarras ousadas. O vocal é de outro planeta. Parece que o Marcos tem dois pulmões e meio. Pode, às vezes, ser exagerado nos falsete e ornamentos, mas isso não é suficiente para desmerecer sequer um milímetro da voz impressionante que joga o Palavrantiga pra cima.

Ao vivo: vi o show no Canal da Música, em Curitiba. A acústica do lugar e equalização do som prejudicaram de leve. Ouvia demais uma das guitarras e de menos a guitarra do Marcos e o baixo. De qualquer forma o show foi bem legal, a performance foi muito bem recebida pelo público fervoroso. Acho que o sentimento de que a banda é um oásis no deserto da música evangélica brasileira não é só meu. Conto nos dedos as bandas crentes que ouço e gosto (João Alexandre, Resgate, Golgotha, Apocalipse 16, Banda da MPC ... ?).

Pruma banda de dois mineiros e dois capixabas que se reúnem pra ensaiar não entendo como, que surgiu há 3 anos, boto fé de que tem muito chão pela frente.

Você ainda vai ouvir falar desses caras.

www.palavrantiga.com

O Caçador de Trolls (The Troll Hunter - 2010)

Uma ficção com um 'q' de brega, mas muito interessante. Se você ainda assiste filmes como "Tubarão", ou gosta de zumbis no final de semana, porque não Trolls?

O filme é norueguês e aborda a mitologia desse país, cujas lendas antigas tratam desses animais ou monstros. Tudo se passa no tempo atual, quando um grupo de estudantes descobre acidentalmente que havia um maluco caçando ursos ilegalmente. Na tentativa de fazer um filme, eles seguem o caçador e acabam descobrindo que a caça não tinha nada a ver com ursos. O filme é a edição bruta das fitas que esses estudantes gravaram; que nem acontece em Atividade Paranormal ou Bruxa de Blair, mesmo que esse filme não seja de terror, é um suspense, no máximo.

Segue o trailer. O filme é divertidíssimo. Classificação: "muito louco" - de acordo com meu pai.

Sobrenatural (Insidious - 2010)

Cara, taí um filme com uma viagem legal. Pros fãs de carteirinha do gênero - se você não gosta de filme de terror, não assista filmes de terror, faz sentido né? - Insidious é um bom investimento. Os primeiros 30 minutos do filme são completamente aterrorizantes, nostálgicos, alucinantes. Só depois que você começa a entender o que está acontecendo.

Assisti sozinho de noite, gostei e recomendo. É legal.

É a história clichê de uma família feliz que começa a observar eventos "estranhos" em casa e por aí vai. Mas é bem dirigido, bem escrito e foge um pouco dessa linha B dos filmes de terror - aqueles que nós assistimos porque sabemos que são ruins, mas que gostamos do mesmo jeito. Vale destacar a "pira" do filme. Parece coisa que você lê na internet e que acabou virando filme.

Ia falar o que achei do final, mas não vou. Você que assista.

Mulheres da Minha Vida: Rachael Yamagata

Apesar das letras que nem sempre são aquela Brastemp, a musicalidade dessa mulher é excepcional. Como vocalista incompetente, gosto de ouvir quem realmente consegue fazer esse negócio de cantar. E dentre as minhas figurinhas prediletas está Rachael Yamagata.

Ela é a cantora que você ouve naquele dia meio emo, mas não se engane, ela é boa demais. Som meio acústico/alternativo e voz robusta ou suave quando preciso.

Boa num dia de chuva que nem hoje. Espero que gostem!

Pandora, a Rádio Inteligente

Todos nós ouvimos música. Muitos de nós baixam tudo na internet, outros compram e outros gostam de ouvir rádio. O problema de ouvir sempre as próprias músicas é que nosso universo musical fica restrito à nossa própria cultura. Quantas vezes você já se cansou das suas músicas? A novidade, que já é meio velha, mas nem tanto difundida, é a das rádios online.

Pandora é uma entre tantas rádios que permite que o ouvinte crie a própria rádio. É simples. Você digita o nome de um artista ou música que você gosta. A Pandora então começa a tocar músicas parecidas, e você diz se gostou ou não gostou. Depois de certo tempo, a rádio que você criou sabe exatamente qual é o seu gosto musical e começa a sugerir novas bandas e artistas. Quanto mais informações você acrescentar, melhor a sua rádio fica.

E é de grátis. A cada 5 ou tantas músicas você ouve um pequeno comercial, mas é só isso. Se você é um desses que cansou de ouvir as suas próprias músicas crie a sua rádio. É legal demais.

http://www.pandora.com/

Edit: Bah, minha conta foi suspensa porque o serviço não está disponível no Brasil... :/ Esquece...

Edit2: A www.lastfm.com.br funciona. Ainda gosto mais do pandora, mas ... fazer o quê.

Edit3: www.lastfm.com.br tem trial e custa $3 por mês. Tá loco, muito caro.. Dava pra comer duas coxinhas a mais todo mês.

Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau 2011)

O MMC entre O Resgade do Soldado Ryan, os Infiltrados e Identidade Borne é = a Matt Damon. Esse é um dos dois caras - o outro é o Leonardo Di Caprio - dos bons thrillers* que aparecem nas telinhas hoje em dia. Como de costume, o filme é interessante. Tenta, mas não consegue derrubar queixos como os filmes citados acima. Os Agentes do Destino é um filme legal.

Já disse isso antes nesse blog: o filme não é tão bom quanto A Origem (Inception 2010). Se for pra assistir A Origem, Contra o Tempo e Os Agentes do Destino, o faça por ordem de prioridade, nessa ordem. Se bem que os três são legais, meio imprevisíveis e com finais bons.

O filme fala sobre livre arbítrio, a realidade aparente e a verdadeira realidade. Matt Damon é um candidato ao senado que flagra um ajuste (de pessoas) - em inglês o filme se chama The Adjustment Bureau, vem desses "ajustes" a ideia - sem querer, e a partir disso o filme se desenvolve.

Assista o trailler. Se você gosta desse tipo de filme, vai também gostar desse filme.

*Thrillers são esses filmes de ação que passariam na Tela Quente.

Avett Brothers (Carolina do Norte) - Banda Folk

Hoje compartilho pois uma banda que conheci lá nas terras dos gringos. Avett Brothers é uma banda daquelas que é difícil desgostar. Som quase que só acústico, que lembra bem o folk americano e boas 2 ou 3 vozes o tempo todo.

Conheci a banda pegando carona com um dos gringos que tinha carro lá no campus onde estudei. Esse cara sempre tinha montes de bandas que ninguém além dele conhecia, mas que ao mesmo tempo eram todas legais. Dentre essas, Avett Brothers. Nossa galera viciou em algumas semanas propagando Avett Brothers por todo lado.

Ouvi quase que toda a discografia deles e tem muita coisa boa. Uma música ou outra dá pra pular, mas a grande maioria é show. Em particular, sou grande fã do banjo deles.

A Banda Mais Bonita da Cidade (Curitiba)

Fico feliz em escrever a respeito de boas bandas curitibanas. Até poucos meses atrás eu desconhecia a existência de música de qualidade na capital paranaense. Contudo, vira e volta aparecem bandas legais tipo a Crackerjack band que representa muito bem o rock curitibano.

Ouvia a piazada mais nova falando da tal da Banda Mais Bonita da Cidade e não sabia do que se tratava até que vi reportagem da Folha de S. Paulo dizendo que os rapazes aqui de curita já arrecadaram R$ 50mil pro novo CD. Enfim, ontem finalmente ouvi a tal da banda e fiquei muito surpreso com a qualidade das gravações e das músicas. Sem dúvida Curitiba estava esperando por uma banda assim faz bastante tempo.

A B+BdC tem um som extraordinariamente enxuto -- coisa que quase não se ouve hoje em dia, é sempre tudo bagunçado e barulhento. Outra, é a esquisitice da banda que dá um bom fôlego. Ninguém aguenta ouvir banda independente tentando tocar música pop.

Ouve aí. O que você acha da banda?

Lista de Schindler (1993) - Steven Spielberg

O que seria de nós sem você Steven? Uma vida sem Minority Report, O Terminal, O Resgate do Soldado Ryan, Poltergeist, Jaws (sim, O Tubarão)... não dá para imaginar.

Costumava desgostar do teu tipo. A popularidade é inimiga da perfeição. Mas aí entendi que havia filmes produzidos por você, outros dirigidos por você e ainda outros escritos por você. Depois disso te perdoei Steven. É que tipo assim, Transformers é legalzinho, mas não se compara pô.

Também pensava que você era "overrated", mas contudo, todavia, entretanto, however, depois da Lista de Schindler, me tornei oficialmente seu fã -- mesmo que o merecesse só por ter feito Poltergeist.  Schindler é um homem de negócios que vive durante segunda guerra mundial. Isso é tudo que vou dizer sobre o enredo do filme.

A Lista de Schindler é o tipo de filme que vai te fazer olhar a vida um pouquinho diferente. Não tem como passar em branco. Não é tão sensacional que nem a primeira vez que você viu Matrix, porque o filme não é pra ser sensacional. É um filme al dente, mesmo que seja, ao mesmo tempo, bem cru. Por cru entender-se: o filme não poupa o telespectador, só maiores de 16, por favor.

Enfim, esse é um daqueles filmes que não tem erro. Ah, dura 3 horas. Mas serão 3 horas muito bem gastas.

Contra o Tempo (Source Code - 2011) - estréia em Junho

Preso dentro da cápsula do código fonte, o capitão do exército americano Colter Stevens precisa desvendar as causas da explosão de uma linha de metro de Chicago. Numa espécie de realidade paralela, ele precisa reviver os 8 minutos anteriores à explosão e descobrir o que aconteceu.

Não é tão bom nem tão denso como "A Origem" (2011) - mas é do mesmo estilo: ação, realidade paralela e tudo explodindo o tempo todo. O roteiro é bem trabalhado: tem suas reviravoltas, alguns elementos originais e te faz prestar atenção. Os personagens são rasos, como em qualquer filme de ação, e o enredo da guerra contra o terrorismo já deu o que tinha que dar.

Mas mesmo sendo um filme americano que fala da luta contra o terrorismo o roteiro ainda salva. Se eu fosse você, que provavelmente não é nem tão chato nem tão rabugento quanto eu, assistiria. Não tem muito como não gostar, o filme supera a expectativa.

Ip Man/Yip Man - Trilogia

Baseado na história do mestre de kong fu que viveu na China durante a invasão japonesa e mais tarde foi o mentor de Bruce Lee, Ip Man 1, 2 e 3 seguem um estilo quase de documentário contando detalhes da cultura e história da China e também da vida do grão-mestre. Quase documentário só porque a história é verdadeira, mas se trata de um filme de ação que consegue não ser brega e que mostra um kong fu autêntico - nada de enlatados americanos.

Particularmente, gostei muito dos dois primeiros filmes. O terceiro é legalzinho.

Segue uma cena do primeiro filme:

Gold Guns Girls - Metric

Finalmente uma música que vale as linhas do blog.

O som do Metric bom pra quem gosta de correr por aí ouvindo música. O ritmo é bem marcado lembrando um som meio "dance", mas ainda bem limpo. Mesmo sendo um tipo de rock a banda canadense é um tanto alternativa. Infelizmente, dentre as músicas do Metric que escutei essa é um achado e de longe a melhor. Mas em geral é um som legal. Quem quiser pode ouvir mais pelo canal do youtube.

O Canadá tem pagar o mundo pelo Justin Bieber. Taí um começo.

Filmes de M. Night Shyamalan

Pra quem gosta de um roteiro mais elaborado e gosta de cinema o suficiente para saber pelo menos o que é um flashback, aconselho os filmes do dr. "Xamalan" - como se pronuncia o nome da figura.

Não sou fanático por cinema e mesmo apesar de gostar bastante, sou daqueles que nunca sabe o nome de ninguém além do Mel Gibson e da Julia Roberts. Se você é que nem eu, esta aí um nome que vale a pena você saber.

O indiano dirigiu Sinais, Sexto Sentido (os mais conhecidos) e alguns outros nomes. Ele também escreve os roteiros e produz a maioria de seus filmes. Se você ainda não viu algum dos filmes dele, taí uma boa dica.

1992 Praying with Anger - desconhecido, curta-metragem, nem foi lançado no Brasil, não vi.
1998 Wide Awake br: Olhos Abertos - não vi, é uma comédia.
1999 The Sixth Sense br: O Sexto Sentido - se ainda não viu, engula o medo e assista.
2000 Unbreakable br: Corpo Fechado - veja, é muito bom.
2002 Signs br: Sinais - muito legal também.
2004 The Village br: A Vila - não é para todo mundo, mas eu gosto.
2006 Lady in the Water br: A Dama na Água - não vi.
2008 The Happening br: Fim dos Tempos - não é para todo mundo, é um filme OK.
2010 The Last Airbender br: O Último Mestre do Ar - meia boca.
2010 Devil br: Demônio - apesar do nome, é um filmão.

Kings Of Convenience

Nunca tinha ouvido essa banda. Eles são meio bonitinhos demais pro meu gosto, mas é um som tranqüilo, que dá pra ouvir de perto.

A banda norueguesa, com primeiro disco lançado em 2001, tem um som bem harmonizado, normalmente acústico, com umas pitadas de percussão. Bom pra dirigir com a janela aberta.

Arthur: O Milionário Irresistível (2011)

Arthur (2011), ou em português “O Milionário Irresistível”, me faz acreditar que ainda sou capaz de assistir comédias romanticas. Grande parte por conta Russell Brand que espanta com atuação de cair o queixo, muito acíma da média – nível Jim Carrey no primeiro Ace Ventura.

Pruma comédia, o filme tem insights legais: é original o suficiente para ser interessante, mesmo fazendo parte do gênero mais cheio de clichês.

Não costumo assistir esse tipo de filme, não sou fã, mas gostei. Estréia em Junho no Brasil.

Casey Abrams no American Idol

Tenho assistido o American Idol, já na décima temporada, e tenho visto coisa boa.

Banjoia recomenda:

1) Casey Abrams com apenas 19 anos e sobretudo um gosto musical fantástico, sabe de onde veio e pra onde vai.


(também nesses dois vídeos)
http://www.youtube.com/watch?v=eBSyvWoek_o
http://www.youtube.com/watch?v=nGmdQfLyfdE

2) Haley Reinhart com um q de Janis Joplin.

Mundo Surreal (Sucker Punch) 2011 - Crítica

Voltei do cinema agora pouco. Sucker Punch é uma viagem. Não é Sessão da Tarde nem Tela Quente. Talvez Domingo Maior, um daqueles que passa quase de madrugada.

Nunca sei bulhufas a respeito dos diretores, mas fiz o dever de casa. Zack Synder também dirigiu 300 e Watchmen - just fyi (for your information, a título de curiosidade), filmes que recomendo, diferentemente de SP.

SP é muito bem produzido em relação aos cenários, personagens, figurino... é lindo. Mas não é filme pra qualquer um. Lobotomia, crueldade, sadismo, estupro, prostituição nos primeiros vinte minutos. Passando disso vai embora.

A história é elaborada, tem vários níveis, não é linear. Um daqueles filmes que se tirar o olho da tela por 5 minutos já não dá pra entender mais.

Não recomendo não porque não gostei - gostei - mas porque não conheço muita gente que gosta desse tipo de filme. SP não é um filme tão fácil de digerir quanto os outros filmes de Zack Synder. Se metade do público passa mal assistindo House M.D. por causa do ketchup na hora da cirurgia, quanto mais esses filmes pesados e complexos. É que nem sushi: ninguém gosta. Mas quem gosta adora. Se você se amarra num peixe cru, vai fundo.

Vale notar a onda de meninas assassinas nos filmes recentemente. Só na ponta da língua dá pra citar Salt (Angelina Jolie), SP e Hanna (estreia em Abril). Nova moda?

Hellow Wheels em Austin TX

Saí esse fim de semana. Descemos do carro correndo com o sol na cabeça para pegar o metro que já estava buzinando. Mas não deu. "It's full", disseram. Se fosse no Brasil cabia, sempre cabe mais um, mais uns.

Era rumo ao South by Southwest ou SXSW, um dos festivais de música que acontecem em Austin. Diferente do  normal, o festival acontece no centro da cidade. Não existe cerca, portão ou catraca. Não dá para dizer "acabei de entrar no SXSW". O evento possui organização oficial, pulseira de identificação (que é o ingresso, 150$), agenda e inúmeras atividades. O legal é que mesmo pra quem não tem dinheiro, tem muita coisa pra fazer.

Descemos do metro algumas quadras longe do centro e seguimos o barulho e a bagunça. Conseguíamos escutar um som de música velha como o vindo de um rádio. Fomos andando. Achamos um palco no meio do nada com uma fila dando volta na quadra. Todo mundo vestido de preto com cara de mal. Mas o som não vinha de lá.

Chegamos num montinho de gente, no jardim de um casa com portão de aro de bicicleta, envolta de um guarda-sol daqueles quadrados, como a barraquinha do banana boat, com quatro pés. A banda estava tocando em cima de alguns pelegos. As caixas de som eram pré-históricas e delas vinha aquele som de rádio velho.

Hello Wheels, ou em português, Olá Rodas - deve ter alguma coisa a ver com o portão da casa deles - é a banda em questão. Banjo, teclado, violão, baixo acústico e pelo menos três vozes cantando um folk nervoso.

Não são três pessoas cantando uma voz, são três vozes. Um baixo bem grave e dois tenores. Cada um com suas músicas e seus jeitos - assim como os Beatles tem músicas do John, Jorge e Paul. Mas todos juntos tocando as músicas uns dos outros, uns com os outros. Não vou falar nada mais além de que vale a pena ouvir o som deles.

Não pagamos ingresso nem tínhamos as pulseiras do SXSW. Só fomos atrás do barulho.